A contagem regressiva começou: sua empresa está pronta para a transição da Reforma Tributária?

Amanda Leite • 4 de julho de 2025

Faltam apenas seis meses para a virada de chave no sistema tributário brasileiro. A partir de janeiro de 2026, começa a transição para o novo modelo previsto na Emenda Constitucional 132/2023. Ainda que a substituição completa dos tributos leve até 2033, os impactos práticos já vão bater à porta das empresas no ano que vem — e quem ainda não se preparou, já está atrasado.

O que muda já em 2026?


A primeira etapa da transição traz a aplicação experimental de dois novos tributos:

  • A CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), com alíquota de 0,9%,
  • O IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), com alíquota de 0,1%.


Esses tributos serão compensáveis com PIS e Cofins e o foco estará no cumprimento das novas obrigações acessórias, especialmente a correta discriminação dos tributos na documentação fiscal. Isso exige mudanças em sistemas contábeis, plataformas de emissão de notas e no próprio planejamento financeiro.


Além disso, o governo federal iniciou, em julho de 2025, o projeto-piloto da CBS, com 50 empresas selecionadas de diferentes setores — como Petrobras, Vale, Nestlé, Volkswagen e Gerdau — para testar o novo sistema. Nessa fase inicial, as empresas estão simulando operações com emissão de notas fiscais, uso da calculadora da CBS e verificação de dados cadastrais.


O que sua empresa precisa saber para não correr riscos?


A transição não será apenas técnica — ela será estratégica. E cheia de desafios:


  • Obrigações acessórias complexas: mesmo com alíquotas iniciais simbólicas, o descumprimento pode gerar penalidades.
  • Adaptação tecnológica: o novo modelo exigirá sistemas mais robustos para emissão de documentos fiscais, escrituração contábil e parametrização de tributos.
  • Convívio de dois regimes tributários (até 2033): empresas precisarão lidar com o sistema atual e o novo, ao mesmo tempo, o que aumenta o risco de erros e litígios.
  • Possível impacto no fluxo de caixa: especialmente se sua empresa estiver na cadeia de prestação de serviços ou se tiver fornecedores não preparados para o split payment.
  • Necessidade de renegociar contratos de longo prazo, considerando a nova carga tributária.


Sua empresa está pronta para 2026?


Muitos empresários ainda acreditam que têm tempo. Mas quando as novas obrigações da Reforma Tributária entrarem em vigor, não haverá espaço para improvisos. A estrutura tributária do seu negócio precisa estar adaptada antes disso — e o momento de agir é agora.


A contagem regressiva já começou, e só quem se antecipa consegue transformar incertezas em oportunidades. Para isso, é fundamental que sua empresa:


  • Faça um diagnóstico fiscal completo, revisando processos internos e identificando vulnerabilidades;
  • Adapte os sistemas contábeis e fiscais à nova lógica de apuração dos tributos;
  • Treine e prepare o time jurídico, contábil e financeiro para lidar com as mudanças;
  • Acompanhe, em tempo real, a regulamentação da CBS, do IBS, do split payment e demais etapas da transição;
  • E adote um planejamento tributário estratégico, que permita mitigar riscos e preservar a competitividade do negócio.


A boa notícia é que sua empresa pode fazer tudo isso — e não precisa fazer sozinha. No Pimentel Advogados, já estamos acompanhando passo a passo a regulamentação da Reforma Tributária e assessorando empresas de diversos setores a se prepararem com segurança, clareza e estratégia.


Precisa de mais informações? Entre em contato com nossos especialistas clicando no botão verde ao final desta página e saiba como se preparar para as mudanças que já estão moldando o futuro do sistema tributário brasileiro.


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